7 dúvidas comuns sobre cuidados de beleza durante o inverno

Com a chegada do inverno, as temperaturas caem, o tempo fica mais seco e, como consequência, nosso organismo passa por uma série de alterações, levando ao surgimento de uma série de dúvidas. Por exemplo, os aficionados por beleza passam a ter questionamento sobre como realizar sua rotina diária e quais novos cuidados devem passar a fazer parte de seu dia-a-dia. Ainda há necessidade de aplicar protetor solar? Os cabelos merecem cuidados especiais? A rotina skincare pode continuar a mesma do verão? Para te ajudar nesse momento, reunimos um time de especialistas para responder essas e outras questões. Confira:

É normal a pele ficar mais ressecada no inverno? Sim. “A baixa umidade do ar e a queda da temperatura levam a uma diminuição da transpiração corporal. Dessa forma, a pele torna-se mais ressecada e áspera, podendo até mesmo apresentar descamação e vermelhidão em algumas áreas”, afirma a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia. Além disso, a pele é prejudicada pelos banhos quentes e demorados que a grande maioria das pessoas costuma tomar quando as temperaturas mais baixas chegam, pois a água quente provoca a remoção intensa da oleosidade natural do tecido, diminuindo o manto hidrolipídico que retém a umidade e protege a pele. “Por isso, a primeira dica para evitar que o quadro de ressecamento da pele se agrave no inverno é não tomar banhos muito quentes e demorados. Outro cuidado essencial com a pele é em relação à hidratação, pois é a etapa do skincare responsável por prevenir o ressecamento da pele, devendo ser então realizada de acordo com o tipo de pele de cada paciente”, recomenda a especialista. Uma das novidades no mercado é o Compative Balm 10, da Ada Tina Italy, um potente hidratante indicado para peles normais, secas e ressecadas, e capaz de proporcionar reparação profunda dos danos causados por agressores externos como o tempo frio. Não devemos também esquecer de ingerir bastante água e investir em uma alimentação saudável, que deve conter legumes, frutas e vegetais ricos em vitaminas e minerais, como a Vitamina C.

Preciso aplicar fotoprotetor no inverno? Sim! Não tem jeito, o fotoprotetor é de uso diário e eterno. “A radiação ultravioleta, também no inverno, provoca danos que comprometem a estrutura de sustentação da pele, causando o aparecimento precoce de rugas e flacidez, além das manchas como reação à fotoexposição. E isso também vale para quem está dentro de casa, já que a radiação UV ultrapassa vidros e janelas. Então, a orientação continua a ser a de reaplicar o fotoprotetor de quatro em quatro horas em ambientes fechados. O filtro deve ter dióxido de titânio ou óxido de zinco na formulação: esses são bloqueadores físicos importantes”, explica a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Outro problema é que a luz azul dos computadores, televisões, tablets e celulares pode causar manchas. Então seu filtro solar deve ter ação física para bloquear essa luz e proteção antioxidante, como o protetor solar Solar Hidra Active, da Buona Vita.

O inverno é realmente a melhor estação para realizar cirurgias plásticas? Sim, pois, durante essa época do ano, a exposição solar é menos frequente e intensa. “A exposição solar de áreas que acabaram de passar por cirurgia pode causar manchas na pele e o escurecimento das cicatrizes”, alerta a Dra. Beatriz Lassance, cirurgiã plástica e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.  Segundo a especialista, a temperatura amena também minimiza o inchaço após a cirurgia plástica, o que pode ajudar a otimizar o tempo de recuperação, se comparado aos dias mais quentes. “O calor pode levar a um maior inchaço e causar incômodo, especialmente quando o paciente já tem uma tendência natural à retenção de líquidos”, destaca a médica. “Os dias mais frescos também dão maior conforto para o uso de malhas compressivas, necessárias no pós-operatório de algumas cirurgias, o que acaba fazendo com que o paciente o utilize da forma recomendada, garantindo resultados satisfatórios.”

A rotina skincare do inverno deve ser igual à do verão? Não, pois as necessidades da pele mudam de acordo com a estação. “No inverno, a pele fica naturalmente mais seca por conta do frio, baixa umidade, banhos quentes e ventos constantes. Então, temos que adequar os produtos do necessaire a esse novo momento, procurando por cosméticos que privilegiem a pele nessa estação”, recomenda a Dra. Paola Pomerantzeff. “No inverno, o ideal é apostar em produtos formulados com ativos de alta propriedade hidratante, como como hyaxel e DSH CN, em veículos mais ricos, de preferência cremes e óleos que combatam a desidratação. Vale a pena investir também no uso dos ácidos fotossensíveis, como o ácido retinóico, que, se for utilizado de acordo com as recomendações do dermatologista, é excelente no combate aos sinais do envelhecimento”, completa a Dra. Claudia Marçal. A estação também é excelente para tratar as manchas, principalmente com séruns clareadores, como Luminance 5X, da Buona Vita: ele previne os principais tipos de manchas e atua em todas as fases da produção de pigmento.

É verdade que a poluição possui maior impacto na pele durante o inverno? Sim, pois no inverno ocorre um fenômeno conhecido como inversão térmica, quando o ar frio é impedido de circular por uma camada de ar quente. “Como resultado, a camada de ar fria fica retida nas regiões próximas à superfície terrestre com uma grande concentração de poluentes, que são extremamente prejudicais à pele por atuarem ativando mensageiros pró-inflamatórios, promovendo alterações na barreira de proteção da pele, piorando a hiperpigmentação e causando estresse oxidativo com consequente aceleração do processo de envelhecimento”, explica a dermatologista e tricologista Dra. Kédima Nassif, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Associação Brasileira de Restauração Capilar. É interessante então investir em cosméticos formulados com ativos antipoluição, que possuem mecanismos diferenciados para combater a ação dos poluentes na pele, como a formação de um escudo biomimético ou um filme de proteção sobre o tecido cutâneo. “Grande parte desses cosméticos também possuem ação antioxidante, promovendo reparo e, principalmente, impedindo os mensageiros pró-inflamatórios que levam ao dano celular”, destaca. Alguns ativos poderosos para evitar o problema são: Exo-P, Alistin, Coffee Skin e Arct-Alg. Ou então, você pode incluir na sua rotina um cosmético de alta capacidade antioxidante e hidratante, como o Pure C 20 Hyal, da Ada Tina Italy, ideal para reparar a pele contra os efeitos dos agressores externos.

Os cabelos também devem ser uma preocupação no inverno? Sim. “Com a queda da temperatura, os banhos se tornam mais longos e quentes e o couro cabeludo, que é rico em glândulas sebáceas, sofre um ressecamento excessivo causado pela alta temperatura. O resultado é a produção de oleosidade rebote, o que torna os fios pesados e favorece o surgimento da caspa e da queda capilar”, alerta a Dra. Kédima. Além disso, com a baixa umidade do ar, é comum os fios ficarem mais ressecados e sujeitos à quebra. “Por isso, devemos investir em cuidados como evitar banhos quentes, utilizar uma máscara capilar de efeito nutritivo semanalmente, diminuir a frequência de uso do secador, sempre aplicando protetor térmico quando utilizá-lo, e não esquecer de consumir água, frutas e verduras, que auxiliam na hidratação”, aconselha.

Que outros problemas estéticos podem surgir no inverno? Um problema menos comentado, mas frequente no frio é o surgimento de vasos sanguíneos que podem comprometer a beleza das pernas. “O tempo frio estimula a contração dos vasos sanguíneos, principalmente das artérias periféricas, o que pode ser perigoso principalmente para pessoas com quadro de obesidade e sedentarismo, pois o excesso de gordura na parede das artérias atrapalha ainda mais a chegada do sangue até alguns tecidos”, explica a cirurgiã vascular e angiologista Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. E, nesse caso, o problema não é apenas estético. “Essa má circulação pode ser extremamente perigosa, porque há riscos de desenvolvimento de insuficiência arterial periférica, infartos do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC)”, alerta. O fenômeno de Raynaud também costuma aparecer com maior frequência no frio, provocando um espasmo da artéria em reação ao frio, o que torna os pés ou mãos gelados, pálidos e com alteração de coloração. “Por isso, no frio é especialmente importante tomar alguns cuidados para melhorar a circulação, como usar roupas confortáveis e quentes, evitar peças justas que possam comprimir os músculos das pernas e cintura e consumir alimentos ricos em fibras, que auxiliam na boa digestão e controle do colesterol. É importante também realizar exercícios físicos regularmente, optar pelo consumo de alimentos com gorduras poli-insaturadas e beber muita água”, finaliza a especialista.



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