Cuidar da pele no inverno requer atenção. Como a pele produz menos oleosidade natural, devido à falta de luz e calor do período, o ressecamento e a sensação de incômodo aparece principalmente na pele do rosto, que é a mais exposta ao vento e poluição. “Durante o período de inverno, o clima seco propicia o aparecimento de muitas dermatites e alergias. A pele reflete diretamente, ficando mais avermelhada e irritada, ressecada, pelo alto grau de poluição que temos neste período, sendo necessário cuidados especiais”, explica a farmacêutica Mika Yamaguchi, diretora científica da Biotec Dermocosméticos. Para evitar alguns problemas, selecionamos aqui alguns erros básicos que devem ser evitados:
1. Não passar protetor solar — Não tem jeito, o fotoprotetor é de uso diário e eterno: “A radiação Ultravioleta, também no inverno, provoca danos que comprometem a estrutura de sustentação da pele, causando o aparecimento precoce de rugas e flacidez, além das manchas como reação à fotoexposição. A orientação continua a de reaplicar o fotoprotetor de quatro em quatro horas em ambientes fechados e de duas em duas horas em fotoexposição direta. Ativos antioxidantes como Ascorbosilane C e OTZ 10 também podem ser incorporados ao protetor como forma de evitar e reverter danos, protegendo principalmente a pele contra os danos da luz visível também”, explica.
2. Usar qualquer hidratante — Nesse ponto, cabe um grande alerta: “Existem hidratantes que desidratam!”, comenta Mika Yamaguchi. “Isso acontece em produtos que usam, na base, um tipo de tecnologia que ajuda a emulsionar (o etoxilado). Se eu tenho um emulsionante que tem essa capacidade de emulsionar água e lipídeo (os dois constituintes do nosso manto hidrolipídico) em um creme, na hora em que ele entra em contato com a pele, se ele for muito forte, vai emulsionar o meu manto hidrolipídico e, ao invés de hidratar, ele vai romper a função de barreira natural e vai começar a desidratar.” O ideal, para isso não acontecer, é buscar produtos cujos veículos sejam à base de Fosfolipídeos que formam uma segunda pele e protegem a pele de forma mais efetiva diminuindo a perda de água por evaporação. Aqui temos a Base Second Skin e agentes gelificantes como o Lecigel. Além dos veículos essenciais, o ácido hialurônico de alto e baixo peso molecular associados ainda são indicados para estimular a produção de hidratação natural em todas as camadas. “Hyaxel é um ácido hialurônico, de baixo peso molecular e vetorizado ao silício orgânico, que tem a capacidade de aumentar a expressão genica de proteínas como aquaporinas, filagrinas, loicrinas e outras importantes para aumentar a auto hidratação. Já DSH CN tem alto peso molecular, forma um filme de retenção hídrica e devolve elasticidade ao tecido cutâneo”, acrescenta.
3. Achar que usar hidratante é o bastante — A hidratação da pele deve ser dinâmica, por isso beber bastante água é importante independente da estação. “Beber água na medida certa no inverno ajuda a manter a pele hidratada”, comenta. Além disso, alguns nutracêuticos também são recomendados para uma hidratação dinâmica (de dentro para fora): “FC Oral, ou as chamadas cápsulas de caviar, contém um componente importante, o ômega 3 vetorizado pelo fosfolipídeo, que possui uma identidade com a membrana celular. Dessa forma, o ativo promove uma hidratação de dentro para fora, restaurando os danos dessa membrana e também melhora a fluidez, isto é permite que os nutrientes sejam absorvidos de uma forma mais plena, o que também traz resultados para a hidratação.”
4. Tomar banhos muito quentes — Ficar mais de 15 minutos em uma ducha quente é mais que o suficiente para comprometer a camada hidrolipídica da pele, que segura a hidratação. “Dessa forma, a pele perde água e lipídeos, o que compromete sua função de barreira. O ideal é banho morno e logo após o banho hidratar a pele”, explica.
5. Esquecer dos pés, mãos e corpo — Hidratar essas regiões é fundamental. “No caso dos pés, passar o hidratante a base de fosfolipideos ou Nutriomega 3, 6, 7 e 9 e colocar uma meia de algodão ajuda a pele a absorver o produto mais facilmente. Nas mãos, invista nos ácidos hialurônicos. No corpo, a reposição lipídica deve ser eficiente, com opções como Dry Oil que tem na sua composição ésteres de karite, purcelin que podem ser associados a outros óleos, restabelecendo a hidratação da pele”, indica.
6. Abusar dos retinóides — Para tratamento de acne, manchas e rejuvenescimento, os retinóides costumam ser a primeira opção. “Mas eles devem ser usados com parcimônia e orientados por dermatologistas. Seu uso contínuo pode causar hipersensibilidade cutânea, vermelhidão e irritabilidade”, alerta a especialista em dermocosméticos. Nesse sentido, cremes manipulados com Lanablue podem ser uma alternativa natural e segura ao retinol. “Trata-se de um extrato de algas cultivadas na região norte dos EUA (Oregon), em condições climáticas severas. Possui elevados índices de vitaminas do complexo B, além de aminoácidos e pigmentos específicos. Possui ação similar aos retinóides na diferenciação dos queratinócitos; suaviza linhas, rugas e densifica a epiderme”, explica.
7. Abusar de produtos muito abrasivos para acne — Alguns produtos para acne devem ter cuidados redobrados com seu uso no inverno. “Como esse já é um período em que a pele tende a ficar mais ressecada, o uso excessivo de secativos pode sensibilizar a pele e provocar efeito rebote, com piora da oleosidade e acne”, comenta. O ideal é evitar usar em excesso produtos que contenham muito álcool, como os tônicos. “Uma boa alternativa são os extratos botânicos. E nesse caso, o ingrediente Acneol SR é uma boa opção para tratar acne. Trata-se de uma composição bioativa exclusiva, com alta sinergia de ativos para alta performance: ácido salicílico (ação queratolítica e anticravos), acetilmetionato de zinco (seborregulador), extratos botânicos (adstringentes), salicilato de dimetilsilanediol (anti-inflamatório) e enxofre solúvel (combate da oleosidade excessiva)”, explica. O ativo pode ser manipulado em sabonetes, mousses de limpeza, secativos e em géis equilibrantes juntamente com Lecigel, que confere hidratação e toque suave, sempre consulte um dermatologista, que lhe fará a indicação adequada das doses conforme o grau do acne.
8. Esquecer dos cremes reparadores — Além da hidratação, produtos que promovam reparação celular são essenciais. “No inverno, a concentração de poluentes na atmosfera fica maior. Um deles, a micropartícula PM 2.5 o qual adere na pele e causa ruptura da função de barreira da pele causando desidratação, irritação, vermelhidão e outros. Por isso, é necessário uma limpeza eficiente que remova o material particulado PM2.5 e os metais pesados, aqui é indicado um hidratante que contenha Exo-P, um exoesqueleto mimético encontrado em microorganismo na Polinésia Francesa o qual formam um escudo protegendo das adversidades, fabricado por meio de uma tecnologia azul. O Exo-P protege a pele contra os agentes tóxicos presentes na atmosfera de grandes cidades”, comenta. Para dar um booster de renovação nas células, as cápsulas de Bio-Arct podem ajudar: “O ativo triplica a produção de energia nas mitocôndrias e, nessa atuação, o resultado é uma pele mais bem oxigenada e com capacidade de trocar nutrientes de uma forma mais efetiva. Isso reflete na melhora global do aspecto da pele, com melhor hidratação, função de barreira, luminosidade e viço”, finaliza.