Os olhos compõem a face e têm fundamental participação na harmonia estética dessa região do corpo. Aspectos físicos à parte, há quem diga que são reveladores da personalidade. Há quem afirme que são tradutores de sentimentos. Quem nunca disse ou ouviu a velha frase “O que os olhos não veem o coração não sente”? Isso sem falar que eles são inspiração nas artes plásticas, nas poesias, nas músicas e tantas outras manifestações artísticas.
Mas agora pare um minuto e imagine uma pessoa com bolsões de gordura e excesso de pele nas proximidades dos olhos. São características que deixam a aparência cansada e envelhecida. A correção é feita por meio de uma cirurgia plástica chamada de Blefaroplastia.
Ela está na relação dos procedimentos estéticos mais populares ao lado da mamoplastia de aumento, lipoaspiração, lipoescultura e lifting de mama. Em 2014 foram feitas 1.427.451 blefaroplastias, em todo o mundo. O Brasil está entre os países que mais realizam esse tipo de cirurgia. Os dados são da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS – International Society of Aesthetic Plastic Surgery).
O cirurgião plástico Dr. Rodrigo Cruvinel afirma que se trata de uma cirurgia simples, porém delicada. “É preciso que o paciente escolha um profissional devidamente preparado, passe por uma avaliação séria e responsável. Isso é muito relevante, inclusive, nos resultados alcançados”, conclui.
Mas vamos entender mais a respeito desse assunto. A Blefaroplastia permite a remoção de excesso de pele e gordura nas pálpebras superiores e inferiores. O resultado é uma aparência mais jovem e que valoriza os olhos. Consequentemente, essa mudança – notada pelas pessoas – provoca um aumento da autoestima.
O pré-operatório inclui a realização de exames e avaliações do cirurgião plástico e do oftalmologista. Isso porque há casos em que as pálpebras são tão caídas que comprometem o movimento de piscar – o que leva ao ressecamento – e a visão, propriamente dita.
As causas desses problemas estão na predisposição genética, em algumas doenças oculares e no envelhecimento. “Durante a consulta, o especialista consegue descobrir os principais motivos e analisa a real necessidade. Ele também se preocupa em medir a quantidade de pele e gordura a serem retiradas”, esclarece o Dr. Cruvinel.
As incisões na parte superior são feitas na prega. Embaixo, os cortes ocorrem no redobro dos cílios. O médico retira a camada excessiva de pele e, se for preciso, também de músculo. Com relação à gordura, a remoção se faz por meio de um corte numa fina membrana localizada entre as camadas de músculo e gordura. O cuidado em fazer o corte nesses locais faz com que as cicatrizes tornem-se quase que imperceptíveis.
A cirurgia dura, em média, 1h30min, mas pode demorar mais se houver muitos detalhes a serem feitos. A anestesia local, com sedação, é a mais comum. A geral é optada apenas em situações excepcionais, como a realização de mais de um procedimento ao mesmo tempo.
A recuperação leva até duas semanas. Até lá, são necessários alguns cuidados. Entre eles:
• limpar a região com soro fisiológico;
• fazer compressas com água gelada;
• evitar abaixar a cabeça para evitar hematomas;
• deitar-se com a cabeça um pouco elevada;
• evitar coçar a área;
• não se expor ao sol, por pelo menos 60 dias;
• usar protetor solar sempre quando houver exposição ao sol.
Fonte: Dr. Rodrigo Cruvinel Rocha Lima é membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões. Formou-se na Universidade Federal de Goiás. Traz no currículo residências em Cirurgia Geral (Hospital Regional de Ceilândia-DF), Cirurgia do Aparelho Digestivo (Santa Casa de São Paulo), Cirurgia Plástica (Hospital Regional da Asa Norte-DF) e Fellow em Cirurgia Estética e Reparadora na Universidade de Chicago (USA).
