Quanto vale a fórmula mágica para afastar a velhice? Não é difícil achar interessados em pagar o preço para ter à disposição o milagre que garante o binômio perfeito: experiência e juventude. Ainda mais em pleno século XXI, em que a expectativa de vida aumenta a cada ano e as pessoas, além de viverem mais, querem viver melhor.
Em uma era em que a busca por saúde e beleza muda conceitos, valores e hábitos, não poderia ser diferente. A ciência, que acompanha e trabalha em prol da evolução da humanidade, segue na direção das descobertas para satisfazer as ansiedades estéticas de homens e mulheres insatisfeitos com as imperfeições e contrariados com os desgastes naturais que o corpo sofre por conta do tempo. Uma tendência nada exclusiva da modernidade. “Desde os primórdios, em todas as civilizações, o homem está atrás das formas para melhorar a aparência física. Cada vez mais, a autoimagem é vista como fundamental para uma boa qualidade de vida. Além disso, reforça-se o entendimento de que não se deve deixar-se envelhecer para começar a tratar”, explica a Dra. Marcelle de Castro Queiroz, médica com especialidade em Dermatologia do Hospital Daher Lago Sul.
As cirurgias plásticas com fins estéticos, sem sombra de dúvidas, têm sido a poção mágica. Contudo, sabe-se que ainda não é o ideal. Afinal, a invasão desses procedimentos ainda impõe precauções e limitações. Em um cenário de evolução, surgem os procedimentos não invasivos ou minimamente invasivos, que dispensam cortes na pele e refletem resultados significativos. Essas peculiaridades beneficiam aqueles que querem retardar a escolha pelo procedimento cirúrgico ou, por questões de saúde, não podem enfrentar o bisturi.
É nessa tendência que atua o Hospital Daher Lago Sul, ao executar técnicas minimamente ou totalmente não invasivas de rejuvenescimento indicadas para casos de flacidez intensa, acúmulo de gordura e perda de volume, atuantes também no combate aos inimigos como rugas e outras linhas de expressão e no disfarce das cicatrizes. No final, trazem mais harmonia nos contornos do rosto. O detalhe é que fazem isso de forma mais confortável ao paciente, por serem desenvolvidas no próprio consultório, sem necessidade de pós-operatório, e comprovarem resultados praticamente instantâneos e duradouros.
A procura tem aumentado, principalmente por parte das mulheres – e vale a pena registrar que elas são maioria – na faixa etária dos 30 aos 50 anos, e dos homens, com idades entre 35 a 65 anos de idade. Adolescentes e idosos também têm tido interesse. A explicação para o primeiro ocorre diante do envelhecimento precoce. Para o segundo, a justificativa é consequência de um problema, aparentemente, já sem solução. Importante deixar claro que a realização desses procedimentos depende de uma real necessidade e do aval do especialista, visto que eles apresentam indicações e contraindicações.
Preenchimentos Faciais:
Estão entre as novidades que têm atraído cada vez mais adeptos. Como o próprio nome diz, eles preenchem os sulcos nasogenianos, dão volume às maçãs do rosto e podem rejuvenescer com a aplicação em 3D, onde há uma harmonização de todo o contorno facial. Podem ser classificados como temporários.
Toxina Botulínica
É mais conhecido como botox. A aplicação da substância bloqueia os sinais nervosos musculares. Sendo assim, a movimentação das partes do rosto não resulta em contração do músculo e, consequentemente, não há formação de rugas na testa nem nos cantos dos olhos, por exemplo. Cabe ao profissional decidir onde injetar a toxina e qual quantidade utilizar. Os resultados são visíveis num período de 7 a 10 dias e permanecem por um tempo que varia de 4 a 6 meses (períodos variam de paciente para paciente).
Histórico da Toxina Botulínica
O botulismo é uma doença conhecida há muitos anos. O agente biológico é uma bactéria anaeróbica, identificada por Emile Pierre van Ermengem da Bélgica, em 1895 e denominada Bacillus botulinus. Foi posteriormente renomeada para Clostridium botulinum. Ela produz a toxina botulínica, que é o agente etiológico causador da doença. O precipitado ácido da toxina botulínica A foi isolado em 1920, quando se purificou sua forma em cristalina.
Em 1950, Vernon Brookes descobriu que a droga bloqueava a liberação de acetilcolina das terminações nervosas motoras, com paralisia temporária do músculo. Em 1970, iniciou-se pesquisas para o uso em estrabismo. A partir de 1989, foi liberada a comercialização da toxina botulínica tipo A nos EUA, para uso em estrabismo e blefaroespasmo associado a distonia muscular, em maiores de 12 anos. Foi o casal de médicos canadenses, Alastair e Jean Carruthers, que na década de 1990 desenvolveu o uso cosmético da toxina botulínica. Após 20 anos de uso seguro na face, foi aprovado pelo FDA o uso estético, o que revolucionou a Medicina Estética e, hoje, além do tratamento de rugas e marcas de expressão facial, mostra-se eficaz na hiperidrose, rugas de colo e pescoço, elevação da ponta do nariz, sorriso gengival e outros.
Ácido Hialurônico
É encontrado na própria pele, mas com o tempo a produção diminui e, com isso, percebe-se a perda da elasticidade e ação lubrificante. É o preenchedor temporário mais utilizado para devolver a sustentação perdida, tratar das rugas, corrigir cicatrizes atróficas (aquelas que resultam na perda de estruturas) e pequenos defeitos. Na prática, melhora os contornos faciais.
A substância ideal nesses produtos deve oferecer bom resultado cosmético, ter longa duração, ser estável e seguro, com mínima complicação. A necessidade e localização do preenchedor a ser aplicado dependerá da necessidade individual, como exemplo, pode ser utilizado para dar sustentação à face, se aplicado em pontos estratégicos, volumização de malares e lábios, correção de olheiras, de nariz e de perda de gordura facial.
Há ainda dezenas de outros procedimentos minimamente invasivos, como Sculptra, Bioestimulador na produção de colágeno e Rejuvenescimento com Laser. “Interessante esclarecer que eles exigem conhecimento técnico, de assepsia e antissepsia, anatomia, conhecimento do fármaco ou produto que está sendo utilizado, por apresentarem risco de complicações de doenças pré-existentes, como colagenoses, cardiopatias, infecção e deformidade permanente da região a ser tratada, isquemia e necrose de áreas de realização das aplicações. Isso deixa claro que não podem ser realizados por profissionais não aptos ou pessoas sem especialidade no assunto”, alerta a Dra. Marcelle.
Seriam eles atores principais apenas nas intenções de retardar as técnicas cirúrgicas? Não. São vistos como aliados da cirurgia plástica, principalmente no que diz respeito à melhora na qualidade da pele em longo prazo, na autoestima, na apresentação da própria imagem, o que vem sendo cada vez mais exigido nos dias de hoje, até no mercado de trabalho, nas relações interpessoais e na saúde.
Fonte: Dra. Marcelle de Castro Queiroz, Formada em dermatologia pelo Instituto Izamar Milidiú Silva, na Santa Casa de Misericórdia, do Rio de Janeiro. No Hospital Daher Lago Sul, a especialista é responsável pelo setor de Medicina Estética.