No Brasil, o câncer mais frequente é o de pele. De acordo com dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva), o câncer de pele corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Como o seu maior agente etiológico é a radiação ultravioleta natural, proveniente do sol, a dermatologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), Jussara Gasparotto, ajuda a desvendar os mitos e verdades a respeito da exposição solar.
O protetor solar só deve ser usado em dias de sol, na praia ou na piscina
MITO. O hábito de se proteger contra o sol deve ser como o de escovar os dentes, frequente e contínuo. Os raios solares continuam agindo mesmo em dias de mormaço ou chuvosos. Além disso, luzes artificiais como a do computador também danificam a pele.
Quem quer “pegar uma cor” deve usar bronzeador após o protetor solar
MITO. Os bronzeadores têm como função acelerar o processo de bronzeamento apenas com a ajuda da penetração dos raios solares na pele. E como os raios UVA e UVB são altamente cancerígenos, nenhum tipo de bronzeador é recomendado.
Negros, mulatos e pardos também devem usar protetor solar
VERDADE. Apesar de ter uma resistência maior aos danos causados pelos raios, devido à alta concentração de melanina, o protetor ainda se faz necessário por quem quer manter a saúde e a beleza da pele negra. Os cuidados devem ser os mesmos que se tem com a pele clara, com o uso de fator de proteção 30 ou maior.
Posso passar o protetor solar e, logo em seguida, dar um mergulho
MITO. É muito importante seguir as instruções da embalagem e aplicar o produto de 15 a 30 minutos antes de se expor ao sol ou de entrar na água. Dar um mergulho logo depois de passar o produto pode fazer com que ele perca o efeito.
É necessário reaplicar o protetor solar após mergulhar ou transpirar muito
VERDADE. Um produto eficaz para proteção de queimaduras deve ter FPS 30, no mínimo, e ser reaplicado a cada 2 horas, ou após cada mergulho ou transpiração excessiva.