Símbolo de feminilidade e um dos atributos mais valorizados na mulher, os seios também sentem a passagem do tempo e sofrem alterações decorrentes da genética, do próprio envelhecimento, da gravidez e da amamentação, do ganho ou perda de peso e de mudanças hormonais
Constituídos de gordura e glândulas, eles respondem menos à prática de atividade física, o que faz da cirurgia plástica a melhor opção. A mamoplastia ou mastopexia corrige a flacidez e redefine o seu contorno.
“Assim como no rosto, a pele ao redor da mama perde a elasticidade devido a uma ruptura gradativa da rede de sustentação de colágeno. A cirurgia reposiciona a aréola e o tecido mamário, remove o excesso de pele e comprime o tecido para compor um novo contorno,” explica o cirurgião plástico Márcio Castan, de Porto Alegre.
O médico diz que as incisões podem ser do tipo periareolar, indicado para seios com pouca queda e pele a ser removida, e também em “L” (menor e mais fácil de disfarçar) ou em “T”, conforme o tamanho da mama.
A cirurgia pode ser associada ao implante de silicone se a paciente quiser, também, aumentar o volume dos seios, mas o contrário não é aconselhado: a colocação da prótese não pode ser feita se eles estiverem caídos, o que só acentuaria o problema.
Os pontos são retirados em consultório, em duas a três semanas, conforme avaliação do médico.
Descansar é primordial
Durante 60 dias, é preciso dormir de barriga para cima, em posição semissentada. Ao levantar, é necessário fazê-lo devagar e usar o cotovelo como apoio.
“Qualquer esforço físico deve ser evitado, assim como movimentos amplos com os braços, que não podem ser erguidos acima da cabeça. Durante um mês, é proibido dirigir e também fumar,” recomenda o Dr. Márcio Castan.
Durante 45 a 60 dias, de dia e também à noite é necessário usar um sutiã modelador, retirado somente para o banho. As caminhadas são liberadas aos poucos e a ginástica depois de dois meses. A exposição direta ao sol (bronzeamento) e a ambientes quentes deve ser evitada pelo mesmo período. O ideal é buscar locais frescos ou com ar-condicionado.
Seguir as orientações do médico durante a recuperação é essencial. O repouso ajuda o organismo a se recuperar do trauma que a cirurgia representa e não deve ser negligenciado. Aproveite para colocar a leitura em dia!
O papel do profissional de estética
Os cuidados antes e depois da cirurgia promovem um resultado estético mais satisfatório, melhoram a qualidade de pele, a hidratação e o metabolismo local.
No pré-operatório, a esteticista dermatofuncional Fernanda Falcone, da Clínica de Estética Leviter, em Porto Alegre, orienta uma esfoliação enzimática, seguida de hidratação com ativos emolientes, lubrificantes, protetores, restauradores e anti-inflamatórios como Drieline, Algisiun C, manteiga de karité e Emolien, que aumentam a elasticidade do tecido e previnem uma possível desidratação. O mesmo produto deve ser aplicado, em casa, duas vezes por dia, até a cirurgia.
“Também indico a drenagem linfática manual para condicionar o organismo ao perfeito equilíbrio, melhorando a circulação sanguínea e linfática,” assinala.
No pós-operatório, a drenagem linfática começa 48 horas depois, desde que liberada pelo médico. Ela auxilia no escoamento de líquidos e toxinas do corpo, diminuindo o edema (inchaço), mas deve ser realizada por profissional capacitado.
“Consiste em uma série ritmada de movimentos suaves e lentos, sobre a área da cirurgia, em pontos específicos (linfonodos) e regiões mais próximas da região operada. Após a drenagem da mama, faço a drenagem linfática do tórax e membros superiores, em direção à via axilar. Em geral, são indicadas oito a 12 sessões,” diz a especialista.