10 erros que você deve evitar sob o sol

Principal agressor da pele, o sol pode acelerar o envelhecimento precoce, causar manchas, rugas, flacidez e até doenças sérias como câncer. Por isso, as orientações dermatológicas de uso constante do fotoprotetor fazem tanto sentido, ao evitar erros que geralmente são cometidos por falta de atenção ou informação. Convidamos a dermatologista Dra. Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da American Academy of Dermatology, para explicar melhor por que você deve evitar esses 10 erros referentes à fotoproteção:

1 – Fotoprotetor não adequado ao seu fototipo

Segundo a Dra Valéria Marcondes, dependendo do tom da pele, a proteção deve ser maior ou menor, mas ela sempre deve existir. No geral, o ideal é se orientar pela seguinte classificação:

Fototipo 1 (Pele clara + sardas) ou Fototipo 2 (Pele clara + cabelo loiro) = Megaproteção (FPS 50+).

Fototipo 3 (Pele clara + cabelos castanho) ou Fototipo 4 (Pele morena + cabelos castanhos) = Superproteção (FPS 30 ou 50).

Fototipo 5 (Pele morena mais escura) ou Fototipo 6 (Pele negra) = Proteção (FPS 30).

2 – Não reaplicar o fotoprotetor

Para manter sua eficácia, o filtro solar deve ser aplicado sempre 30 minutos antes da exposição solar, de forma homogênea e em quantidade abundante. Quanto mais você aplicar, maior será a proteção. “Mas não para por aí. A cada duas horas, ou após mergulho ou suor intenso, você deve reaplicar o produto para garantir que sua pele não sofra com os danos da radiação”, afirma a médica.

3 – Passar só no rosto e negligenciar o corpo

Os efeitos dos raios ultravioletas são os mesmos em todas as partes do corpo, mesmo que elas estejam cobertas pelas roupas – quando essas não oferecem proteção UV. “Na rotina diária, é importante lembrar de usar a proteção solar também nas áreas do corpo que ficam permanentemente em exposição, como braços, colo e pernas. Não é somente nas praias e piscinas que há risco de excesso de exposição. Por isso, assim como no rosto, deve-se utilizar o produto diariamente, a cada duas horas. Uma dica é utilizar o protetor solar em creme, mas ele não substitui o hidratante, por isso, passe um hidratante na pele 15 minutos antes de aplicar o protetor”, diz a dermatologista.

4 – Passar protetor “de usar na cidade”, na praia

É claro que a base com proteção solar parece uma boa pedida, pois está o tempo todo no nécessaire, mas não significa que ela seja eficiente na praia. “A quantidade de proteção é muito diferente. A proteção solar dos produtos de maquiagem é menor porque a exposição também é menor e, além disso, muitas pessoas não reaplicam a maquiagem durante o dia. Além disso, nem sempre os produtos multifuncionais contam com proteção UVA. Então fique atento a isso: se o produto é um protetor solar, a legislação brasileira exige que a sua proteção UVA seja de 1/3 do FPS (que protege contra o UVB).”

5 – Não passar protetor em áreas do corpo “escondidas” ou periféricas (costas, axilas, pescoço, pés etc)

O fotoprotetor deve ser utilizado em todas as áreas do corpo. É muito comum as pessoas, sobretudo quando expostas diretamente aos raios ultravioletas à beira da praia ou piscina, se esquecerem de passar o produto em regiões não habituais, como orelhas, joelhos, atrás dos joelhos, axilas, pescoço, nuca, costas e pés que, por sua vez, estão em contato direto com a água e areia. “Há um risco muito alto de manchas, lembrando que áreas como axilas já sofrem na depilação por conta da inflamação e são susceptíveis a manchas”, afirma.

6 – Não passar protetor quando está nublado

O protetor solar deve ser utilizado todos os dias, em qualquer época do ano, inclusive em dias nublados. “Uma regra básica: se é dia e há claridade, o uso do protetor é imprescindível, pois existe radiação UV, mesmo em tempo nublado e no inverno. Portanto, mesmo com céu escuro e sem sol, corremos o risco de entrar em contato com a radiação UV, que é invisível, fria e indolor nesse caso. E para quem mora ou vai viajar em lugares mais altos, quanto maior a altura, maior a exposição e os riscos mesmo em céu cheio de nuvens”, afirma.

7 – Não passar protetor porque está embaixo do guarda-sol ou barraca

Pesquisa recente afirma que o guarda-sol normal (sem proteção UV) oferece, no máximo, FPS 7, o que deixa a pele susceptível aos danos solares. “O produto deve ser utilizado mesmo sob o guarda-sol, pois a areia pode ajudar a refletir os raios ultravioletas. O guarda-sol protege da claridade do sol e não dos raios ultravioleta. Da mesma forma, dentro do carro, a janela não protege a penetração dos raios para a pele. Portanto, a proteção solar deve ser diária e ter mais atenção ainda quando estamos diretamente expostos”, diz.

8 – Não proteger o couro cabeludo

É um erro muito comum, segundo a dermatologista. “O couro cabeludo deve ser protegido diariamente. Uma dica é utilizar modelos de chapéus ou bonés que tenham proteção UV. Mas também vale a pena investir em produtos capilares com filtro solar, como os xampus, condicionadores e leave ins, facilmente encontrados no mercado.”

9 – Usar o mesmo produto no rosto e no corpo

“Os protetores de rosto são mais leves, menos gordurosos, para não causar acne, por exemplo. Eles também são mais transparentes e podem ser encontrados no tom mais adequado para cada pele. Então, o que muda é a textura para não obstruir os poros e causar espinhas”, diz a médica. “Apesar disso, existem no mercado embalagens maiores que são bons protetores para face e corpo em um só produto. Mas fique de olho nos protetores em spray, que devem ser passados em duas camadas pois conferem menos proteção”, afirma.

10 – Usar o mesmo protetor solar por alguns verões.

Se tudo der certo, você não terá esse problema. “Ao utilizar o fotoprotetor diariamente, na quantidade correta, ele vai acabar antes do verão seguinte. Mas quando o assunto é proteção solar, a data de validade é fundamental. Os ativos contidos deterioram-se com o tempo e a proteção pode ser afetada. Além disso, uma embalagem que já foi aberta há muito tempo pode estar contaminada por germes e bactérias. Cuidado também no armazenamento, pois o calor excessivo pode dificultar a eficácia”, diz a médica.

Fonte: Dra. Valéria Marcondes



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