Os produtos de iluminação facial têm crescido no mercado cosmético com a promessa de devolver à pele o seu brilho natural, removendo manchas e ajudando contra a opacidade e secura da pele. “A desidratação é uma das causas da falta de brilho, juntamente com os agressores ambientais como a poluição e a exposição aos raios ultravioleta, vento, poeira, entre outros”, afirma o dermatologista Dr. Jardis Volpe, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia.
De acordo com o médico, não existe fórmula mágica para iluminar a pele, mas uma rotina de cuidados bem orientada por um dermatologista pode ajudar. Abaixo, o Dr. Jardis Volpe comenta as 7 principais soluções para iluminação facial:
Fotoprotetor diário – “O primeiro passo é o uso diário do fotoprotetor: nenhum outro produto tem tanto efeito para prevenir, reduzir e potencialmente eliminar os danos solares que causam ressecamento e manchas na pele. Utilize fórmulas que combinem filtros físicos e químicos, com FPS de no mínimo 30 e reaplique de duas em duas horas em exposição direta e de quatro em quatro horas em ambientes fechados”, afirma o médico.
Cremes tópicos com Vitamina A ou seus derivados – O retinol (Vitamina A) ou seus derivados, segundo pesquisas, são extremamente efetivos no tratamento de desordens das hiperpigmentações, uma vez que aceleram a renovação das células faciais. “Seu uso é preferencialmente noturno e, ao acordar, o paciente deve higienizar o rosto e hidratar com o produto mais indicado ao seu tipo de pele.” Para pacientes que geralmente sofrem com o uso do retinol, hoje já é possível encontrar ativos como Lanablue, que atua como um retinol natural, renovando as células sem deixar a pele sensível.
Alfa e Beta-hidroxiácidos – Enquanto os AHA (alfa-hidroxiácidos) são solúveis em água, os BHA (beta-hidroxiácidos) são solúveis em óleo, porém ambos aceleram o turn-over (renovação) celular e têm alto efeito esfoliativo, eliminam o excesso de sebo dos poros e também têm ação hidratante, deixando a pele mais iluminada. São importantes no tratamento de manchas escuras.
Ácido Azelaico – Sua interessante ação clareadora é uma opção terapêutica segura para gestantes por prevenir, melhorar, controlar e clarear o melasma, mas pode ser usado também por outros pacientes com o objetivo de eliminar as manchas e iluminar a pele. “Ela age nos melanócitos (células que produzem o pigmento de melanina), interrompendo essa atividade e seu desenvolvimento. É um ativo que não age no pigmento normal da pele, mas sim apenas quando há excesso de pigmentação, inibindo uma enzima chamada tirosinase, que atua e estimula o processo de produção de melanina”, explica. Pode ser combinado com outros ativos, como os retinoídes e a Vitamina C, sempre com orientação médica.
Vitamina C – Sob o ponto de vista da estética, o uso da vitamina C ou ácido ascórbico e de suas derivações apresenta diversas finalidades de tratamento, entre eles o de combate do envelhecimento cutâneo e de manchas, além de iluminar a pele. “Dentro de uma formulação o ácido ascórbico pode se apresentar de várias formas, e tem propriedade antioxidante, despigmentante e age na síntese de colágeno, auxiliando na prevenção e combate aos sinais do envelhecimento cutâneo. O ácido ascórbico é muito instável, por isso existem formas mais estáveis da vitamina C com o intuito de evitar a sua degradação e ter maior penetração na pele”, afirma o médico. Dentre os ativos mais conhecidos com a Vitamina C estável estão: Ascorbosilane C (ácido ascórbico vetorizado pelo silício orgânico) e o Super-OX C (extrato de ameixa de kakadu que tem a maior fonte do mundo de Vitamina C).
Arbutin – Esse poderoso despigmentante de origem natural é um derivado estável da Hidroquinona. “Ele tem uma ação inibidora da tirosinase, sem causar irritação e com menor citotoxidade. O Arbutin impede a produção de melanina no local em que é aplicado”, afirma o médico.
Cápsulas antioxidantes – Dois ingredientes poderosos para devolver o brilho natural da pele são: Glycoxil e Bio-Arct. “O primeiro tem uma importante ação para inibir o processo de glicação, eliminando os agentes avançados de glicação e impedindo os danos do açúcar na pele. O açúcar pode deixar a pele mais opaca e com manchas. Já o Bio-Arct aumenta a produção de energia no ATP celular, então melhora a nutrição da pele, com consequente resultado na iluminação e brilho facial”, afirma o médico.
JARDIS VOLPE: Dermatologista; Diretor Clínico da Clínica Volpe (São Paulo). Formado pela Universidade de São Paulo (USP); Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia; Membro da Sociedade Americana de Laser, da SBD e da Academia Americana de Dermatologia; Pós-graduação em Dermatocosmiatria pela FMABC; Atualização em Laser pela Harvard Medical School.