Desde que a toxina botulínica se tornou popular, muitos tratamentos têm surgido para dar às injeções o status dinâmico que ela merece. Há menos de um ano, observamos o nascimento do ‘Baby Botox’, que usa de microdoses da toxina botulínica para um resultado mais natural, e antes mesmo da consolidação desse procedimento, já estamos preparados para mais uma novidade: o ‘Skin Botox’. “Muito comum na Ásia, região em que a pele de porcelana, com poros diminutos, é uma ambição geral da população, esse tratamento consiste na aplicação da toxina botulínica de maneira muito superficial para garantir, instantaneamente, a redução de poros e uma pele mais lisa e luminosa”, explica o Dr. Paolo Rubez, cirurgião plástico e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
No exterior, o procedimento é reconhecido por promover uma ‘pele de vidro’, de maneira imediata. “Uma vez que os tipos de pele predominantes no Brasil são a oleosa e a mista, com incidência de quase 80%, os poros abertos (que ficam assim por conta da genética e produção excessiva de oleosidade) têm alta incidência e incomodam esteticamente muitos pacientes”, diz o médico. “A toxina botulínica é injetada logo abaixo da superfície da pele e promove uma contração na glândula sebácea, o que ajuda diminuição da oleosidade e também traz um efeito imediato na redução dos poros”, afirma.
Enquanto a toxina botulínica tradicional age mais fundo para atingir o músculo e tratar rugas mais profundas na pele, sendo aplicada em áreas específicas do rosto, como testa, linhas de riso ou pés-de-galinha, o Skin Botox geralmente é aplicado de maneira muito superficial na região do nariz, mandíbula, região mentoniana e testa para criar um efeito de suavização completo, tanto em poros quanto em linhas mais superficiais.
Além da redução de poros, alguns dos resultados imediatos experimentados pelos pacientes vão do aumento da luminosidade e redução de linhas finas a diminuição do suor e da atividade das glândulas sebáceas (reduzindo a oleosidade). “Outra vantagem é que, pelo fato das injeções não serem profundas, não há o risco de afetar os músculos envolvidos na expressão facial. Além disso, é um tratamento sem downtime (tempo de recuperação), diferentemente de alguns lasers usados para essa finalidade”, afirma.
Os efeitos são temporários, como na aplicação clássica da toxina para rugas. “O procedimento geralmente exige uma manutenção de três a seis meses”, explica. “Consulte sempre um médico cirurgião plástico ou dermatologista para fazer um tratamento com toxina botulínica”, finaliza.