Como todo mundo sabe, a pele é o maior órgão do corpo humano e está constantemente exposto ao meio ambiente. É a interface com o meio, e como o meio ambiente anda tão mal cuidado, sofrendo as ações intempestivas do homem, a pele de muitas pessoas mostra indícios de sofrer este impacto. Atualmente usa-se uma nomenclatura EPF – Environment Protect Factor (fator de proteção ambiental), que visa mostrar o que determinados medicamentos tópicos (em creme) ou por via oral podem ajudar a reduzir as agressões do meio externo.
Quando se pensa em meio ambiente e pele, logo vem à lembrança a camada de ozônio que ano a ano sofre uma diminuição e o aumento da capacidade de filtragem dos raios nocivos. É também notório que o sol de hoje tem ação mais interna, provoca queimaduras intensas e há um crescimento vertiginoso no aparecimento de tumores na pele, lesões pré e malignas. “O câncer de pele deve fazer parte das nossas preocupações, pois a incidência de raios UVB aumenta ano a ano, raios intimamente envolvidos com a formação de tumores”, alerta Dra. Claudia Marçal, dermatologista do Espaço Cariz.
Além desse, há outros muito nocivos, como o UVC e infravermelho, que antes não incidiam sobre a terra ou em ínfimas quantidades, mas agora se tornaram mais fortes. Também não dá para esquecer do UVA, presente no dia-a-dia durante o ano todo, que está envolvido com o envelhecimento da pele, mas também atua como facilitador do aparecimento de tumores. Tal é a preocupação com estes raios que algumas embalagens de produtos contam com o fator de proteção especifico para UVA.
Quando se pensa em meio ambiente, deve também fazer parte da lista a poluição que libera metais tóxicos (pesados) tais como: mercúrio e chumbo, entre outros, que promovem intoxicação no organismo e a formação de radicais livres que resultam em envelhecimento precoce, ou seja, aparecimento de flacidez, linhas de expressão, graças à destruição do colágeno. Para tanto, Dra. Claudia indica tratamentos que reforçam as ações antioxidantes com ingestão de Exsynutriment (silício orgânico, que reconstitui o colágeno), vitamina C e E (poderosos antirradicais livres), Bio-arct (derivado de alga da antártica com ação antioxidante), Idebenona (efeito superior à coenzima Q 10) e Resveratrol (polifenóis da uva), dentre outros.
Para ajudar mais ainda, a preocupação com a qualidade dos alimentos deve ser uma constante. Sempre que possível, a opção deve ser por orgânico, que não possui agrotóxico, livre dos metais pesados e que tem uma maior concentração de nutrientes. A atenção deve estar também voltada para a água, que infelizmente tem concentrações altas de cloro, o que pode ressecar e desvitalizar a pele. Para contrabalançar, a hidratação deve ser caprichada, utilizando produtos cada vez mais potentes, como: GPS (extraído de uma cactácea), Aquaporine, Zymo, enzimas que aumentam a penetração dos principais ativos, óleos essenciais como maracujá e cereja, ricos em Ômega 3, 6 e 9, que recuperam o manto lipídico (capa protetora da nossa pele).
Pode-se também pensar em regeneradores potentes que têm efeito de reduzir o impacto sobre a pele: Vitaline, que são microesferas de vitaminas C, A e E, Zymo que tem efeito de estimular renovação celular, Densiskin, Procollasyl (efeito de recuperação do colágeno) e Coffeeskin (potente efeito antioxidante), entre outros. “Portanto, a indústria e a ciência procuram encontrar saídas para poupar a pele das agressões, mas não seria mais prudente realizar pequenas ações ambientais no nosso dia a dia e cuidarmos um pouco mais do nosso planeta?”, finaliza Dra.Claudia.
Fonte: Dra. Claudia Marçal
Dermatologista da Clínica de Dermatologia Espaço Cariz, com especialização pela Associação Médica Brasileira (AMB), membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e membro da American Academy of Dermatology (AAD), CME (Continuing Medical Education) na Harvard Medical School.