Uma pessoa adulta tem aproximadamente 150 mil fios de cabelo e diariamente perde, em média, 70 a 100 deles. Mas, às vezes (e por diversos fatores) pode ocorrer queda acentuada dos fios ou o couro cabeludo apresentar falhas. E esse não é um problema incomum: a Associação Brasileira de Cirurgia de Restauração Capilar argumenta que cerca de 1/4 das brasileiras entre 35 e 40 anos e metade daquelas com mais de 40 sofrem com a queda acentuada de cabelos. Já a Sociedade Internacional de Cirurgia de Restauração de Cabelo faz um prognóstico ainda mais assustador para os homens: 40% deles sofrem com o problema antes mesmo dos 35.
“Mas já existe um tratamento com um componente, que tem feito sucesso ao combater a queda e estimular o crescimento do fio, principalmente entre aqueles que sofrem com a Alopecia, doença causada por diversos fatores, dentre os quais: emocionais, desequilíbrio hormonal, dermatite e herança genética”, explica Luisa Saldanha, farmacêutica e diretora técnica da Pharmapele – rede de farmácias de manipulação com sede em Recife. Trata-se da Latanoprosta, análago de uma substância antes utilizada em colírios para tratamento de glaucoma, que apresentou como efeito adverso o crescimento dos cílios. “Com isso, logo depois foram realizados estudos, com o uso de Latanoprosta em 16 pacientes com alopecia androgenética e os resultados mostraram aumento significativo da densidade capilar, segundo artigo dos médicos iranianos”, explica.
O estudo também comprovou que o componente pode ser útil para tratar a perda de cabelo e estimular a atividade no folículo piloso, o que contribui para o crescimento dos fios. “A ação de Latanoprosta se dá por meio do estímulo aos folículos capilares, prolongando a fase anágena [de crescimento ativo], e promovendo a conversão da fase telógena [de queda] à fase anágena”, argumenta.
Segundo a dermatologista Dra. Gleyce Fortaleza, Latanoprosta não é um ativo indicado nos casos de alopecia cicatricial (doença que destrói folículo – que é a região onde os fios são produzidos), ou perdas de cabelo infecciosas, por exemplo. A médica também destaca que pode haver sensibilidade ao princípio ativo, não sendo ideal utilizá-lo nos períodos de gravidez e lactação.
Quanto ao uso do componente por conta própria, a médica afirma: “Todo tratamento só deve ser iniciado após um diagnóstico preciso da causa da perda de cabelos e seguir em acompanhamento constante com o médico dermatologista, para evitar complicações e também efeitos adversos”, finaliza.