As metrópoles brasileiras estão em estado de alerta. Regiões como de São Paulo e Rio de Janeiro aumentaram o grau de poluição e desrespeitam o nível de qualidade do ar recomendado pela Organização Mundial da Saúde. E como a pele está constantemente exposta ao meio ambiente e os níveis de poluentes estão aumentando — inclusive com novas substâncias poluentes sendo descobertas — a pele de muitas pessoas sofre grande impacto. Além disso, é notório que o sol de hoje tem ação mais intensa, provoca queimaduras intensas, aumenta o risco de dano celular e flacidez precoce de pele e há um crescimento vertiginoso no aparecimento de tumores e lesões malignas. “O câncer de pele deve fazer parte das nossas preocupações, pois a incidência de raios UVB aumenta ano a ano, raios intimamente envolvidos com a formação de tumores”, alerta Dra. Claudia Marçal, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Poluição
De acordo com o dermatologista Dr. Amilton Macedo, além dos problemas respiratórios, a poluição causa graves consequências à saúde e beleza da pele, como falta de brilho e hidratação, e, ainda por cima, a deixa vulnerável à ação de bactérias e infecções. “A pele é formada por proteínas e peptídeos cuja função é manter a barreira cutânea autorrenovável. Baixos níveis de determinados peptídeos significam que há um controle do crescimento bacteriano na superfície da pele, enquanto uma alta produção de peptídeos – causada por agentes externos, como a poluição, e modo de vida de cada pessoa – indica que pode haver o rompimento da barreira, deixando a pele vulnerável e com baixa imunidade”, explica o dermatologista Dr. Amilton Macedo, que costuma prescrever formulação antipoluição para seus pacientes.
A liberação de metais tóxicos (pesados) — tais como mercúrio e chumbo — no ar promovem intoxicação no organismo e a formação de radicais livres que resultam em envelhecimento precoce, ou seja, aparecimento de flacidez, linhas de expressão, graças à destruição do colágeno, segundo a Dra. Claudia Marçal. Para combater, é necessária a utilização de ativos que reforçam as ações antioxidantes, com ingestão de Exsynutriment (silício orgânico, que reconstitui o colágeno), vitamina C e E (poderosos antirradicais livres), Bio-arct (derivado de alga da antártica com ação antioxidante), Idebenona (efeito superior à coenzima Q 10) e Resveratrol (polifenós da uva), dentre outros.
Já o dermatologista Dr. Amilton Macedo indica que a farmácia de manipulação pode ser uma boa alternativa em ativos antipoluentes. Ele sugere o uso tópico do Escudo contra a Poluição, composto de ativos da Biotec Dermocosméticos que inclui o PGT1, OTZ 10 e o GPS Trealose. A Farmacêutica e Consultora Técnica da Biotec Dermocosméticos, Mika Yamaguchi, comenta que o PGT1 fortalece e estimula a produção de novos peptídeos e de neurônios responsáveis pela imunidade da pele; o OTZ 10 é conhecido na Europa como “salva-vidas” e “protetor celular”, uma molécula pequena que penetra até a hipoderme (camada mais profunda da pele), assim ela neutraliza a ação dos radicais livres gerados por Infra Vermelho A, UVA em todos os níveis, protegendo as proteínas (colágeno e elastina) da degradação; e GPS trealose tem a capacidade de aumentar as defesas naturais da pele por ativar as Heat Shock Protein (proteínas protetoras) do organismo. A formulação antipoluição pode ser incorporada em cremes, géis, loções, séruns etc., nas farmácias de manipulação, com prescrição médica.
A Dra. Claudia Marçal ainda recomenda o uso de regeneradores potentes que têm efeito de reduzir o impacto sobre a pele: Vitaline, que são microesferas de vitaminas C, A e E, Zymo que tem efeito de estimular renovação celular, Densiskin, Procollasyl (efeito de recuperação do colágeno) e Coffeeskin (potente efeito antioxidante), entre outros.
Cuidados com alimentação
Para ajudar mais ainda, a preocupação com a qualidade dos alimentos deve ser uma constante. Segundo a dermatologista Dra. Claudia Marçal, sempre que possível, a opção deve ser por orgânico, que não possui agrotóxico, livre dos metais pesados e que tem uma maior concentração de nutrientes. “A atenção deve estar também voltada para a água, que infelizmente tem concentrações altas de cloro, o que pode ressecar e desvitalizar a pele”, finaliza.