O melasma é causado por vários fatores: predisposição genética, alterações hormonais (gravidez e uso de anticoncepcionais), entre outros. Até mesmo a pílula anticoncepcional pode estimular o aparecimento de manchas na pele.
É fundamental, entretanto, a presença da radiação ultravioleta e, em menor intensidade, o infravermelho. O aumento na pigmentação ocorre por um aumento da quantidade e/ou da função dos melanócitos que são as células responsáveis pela produção de melanina (pigmento cutâneo).
Existem três tipos de Melasma: superficial, profundo e misto; sendo os dois últimos os mais difíceis de tratar.
Para o tratamento do Melasma é fundamental o uso de protetores solares potentes sempre que houver exposição da pele ao sol ou mormaço, de preferência os protetores que contenham filtros físicos, que bloqueiam a passagem da radiação UV, como o dióxido de titânio.
O tratamento é feito com o uso de substâncias despigmentantes, aplicadas na pele. A associação dos despigmentantes com alguns tipos de ácidos geralmente aumenta a sua eficácia. Quando o pigmento se localiza mais profundamente, a melhora é mais difícil, exigindo persistência para a obtenção de um bom resultado.
Peelings superficiais podem acelerar o processo, facilitando a penetração dos despigmentantes e ajudando a remover o pigmento das camadas superiores da pele. O uso do laser fracionado não ablativo tem mostrado excelentes resultados no tratamento do Melasma.
O tratamento deve ser orientado pelo dermatologista, de acordo com cada caso.
Estas dicas simples ajudam a prevenir o melasma:
– Usar sempre protetor solar com FPS acima de 50 para o dia a dia, aplicado pela manhã e na hora do almoço. Quando estiver na praia ou na piscina, invista no fator de proteção solar acima de 60, reaplicando de duas em duas horas.
– Dê preferência por filtros solares com cor, que formam também uma camada protetora contra a luz visível (lâmpadas, computadores e afins).
– As cápsulas antioxidantes (resveratrol, licopeno, picnogenol e polypodium leucotomos) reduzem o impacto da radiação solar nas células da pele.
– Opte pelo uso de anticoncepcionais de baixa dosagem ou pelo DIU.
Fonte: Dra. Anelise Ghideti (CRM 109.432), da AE Skin Center, é dermatologista formada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo; Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e Médica colaboradora no Ambulatório de Doenças das Unhas no Departamento de Dermatologia do Hospital das Clínicas da FMUSP.