Hoje em dia há muitos procedimentos para driblar a idade e manter a boa forma. Entre os mais pedidos está a lipoaspiração, que consiste na aspiração de gordura por meio de cânulas. A cirurgia é indicada em qualquer parte do corpo que tenha gordura localizada. É mais comum no abdômen, na região dorsal, coxas, costas, lateral das mamas, braços e no submento (papada). Ela é classificada em pequena, média ou grande, que varia segundo a quantidade de gordura retirada e partes do corpo abordadas.
Apesar de ser cada vez mais comum, a lipoaspiração não deve ser vista como um tratamento para obesidade; ela serve para modelar o corpo e não para emagrecer. E assim como qualquer cirurgia exige cuidados.
Na maioria dos casos é retirado, no máximo, 7% do peso corporal, de acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM). “O local que será feito a lipoaspiração é escolha do paciente, mas é importante a orientação do cirurgião plástico para que ele avalie a necessidade real do procedimento. Como é uma cirurgia, vários exames prévios são necessários para saber se está tudo bem com a saúde da mulher e para que a cicatrização ocorra da melhor forma possível”, afirma o Dr. André Colaneri, cirurgião plástico.
Em alguns casos, é possível fazer a lipoaspiração em várias partes do corpo durante uma mesma cirurgia.
Diferenças entre os tipos de lipoaspiração
Assim como a medicina em geral, a cirurgia plástica também tem evoluído bastante nas últimas décadas. Hoje, existem vários tipos de lipoaspiração, cada uma para atender melhor às necessidades dos pacientes. O Dr. André Colaneri lista as principais:
- Lipoescultura: é uma lipoaspiração na qual parte da gordura aspirada é enxertada em outra parte do corpo (glúteos, depressões, vincos da face, etc) visando o preenchimento dessa área. Parte da gordura enxertada (cerca de 40%) é reabsorvida.
- Vibrolipoaspiração: é a lipoaspiração realizada a partir de um aparelho que faz a cânula vibrar, facilitando a penetração na gordura, sendo menos traumática, com menor dor pós-operatória e menor sangramento.
- Lipoaspiração ultrassônica: é a lipo em que na primeira fase da cirurgia se insere uma cânula com ponta de ultrassom, que visa liquefazer a gordura. Em seguida, faz-se a lipoaspiração tradicional para aspirar a gordura liquefeita e a que também não foi. Assim como a vibrolipoaspiração, também apresenta menor trauma e menor sangramento.
- Lipoaspiração a laser: é parecida com a ultrassônica, mas com o laser no lugar no ultrassom. A grande vantagem é uma maior retração da pele, se comparada à lipoaspiração sem laser.
- Hidrolipoclasia: é um procedimento sem cânula, no qual se injeta soro fisiológico ou água destilada na gordura e depois se realiza ultrassom externo, visando liquefazer a
gordura.
- HLPA: conhecida também como hidrolipo aspirativa, é a associação da hidrolipoclasia e a lipoaspiração tradicional ou vibrolipoaspiração. Ela é menos dolorosa por
causa da ação anti-inflamatória e analgésica do ultrassom.
- Mini-lipo: é uma lipoaspiração pequena, apenas com anestesia local, realizada por partes, com volume menor lipoaspirado, geralmente realizada em clínicas e consultórios.
- Lipo Tumescente: é um codinome diferente para a mesma coisa (mini-lipo, lipo-light). Em todos os tipos de lipoaspiração se injeta anestésico, soro fisiológico e adrenalina, ou
seja, toda lipo é tumescente.
Fonte: Dr. André Colaneri, especialista e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e responsável pelo serviço de Cirurgia Plástica e Estética da Clínica Colaneri.