Criolipólise: o frio que detona a gordura

Crio - - Cópia - Cópia - CópiaO conhecimento da funcionalidade do tecido adiposo é necessário para o profissional da estética que utilizará alguma tecnologia visando a redução da camada de gordura subcutânea. Uma das tecnologias que está em crescente evidência é a Criolipólise, cujos resultados ocorrerão em longo prazo. Em média, é necessário até 60 dias para observarmos a redução do volume adiposo como resposta de todo o processo desencadeado para promover a apoptose e eliminação dos adipócitos por fagocitose. Como os resultados aparentes são lentos e demorados, pelo menos no campo da estética, alguns protocolos têm surgido para abreviar esses efeitos. Entretanto, caberá ao profissional decidir pela necessidade ou não de empregar outras terapias complementares respeitando seus efeitos e ações, garantindo a integridade funcional do seu paciente.

O uso de outros aparelhos ou técnicas conjugados à criolipólise depende das condições físicas e metabólicas de cada paciente e não somente do aspecto estético pretendido. A possibilidade de tratar um paciente começa pela triagem, quando durante a consulta ou avaliação o profissional deverá decidir pela melhor forma de abordar a gordura. A possibilidade ou indicação da criolipólise dependerá da presença de gordura localizada em quantidade suficiente além da integridade da pele da paciente. A flacidez cutânea acentuada poderá impedir o uso da criolipólise temporariamente, onde se buscará a sua correção prévia com radiofrequência ou cosméticos.

O uso de outros recursos após a criolipólise deve ser com cautela, especialmente sobre a mesma região que foi usada a manopla. Deve-se esperar pelo menos em torno de 30 dias para iniciar outros procedimentos sobre a mesma área, pois esse é o tempo médio do processo inflamatório gerado pela tecnologia e necessário para desencadear corretamente a apoptose adipocitária. Para regiões próximas ou distantes da zona tratada com criolipólise, podem ser usadas outras terapias como ultracavitação, radiofrequência, eletroestimulação e terapia combinada sempre atendendo as especificações de cada aparelho.

Além do entendimento estrutural e funcional do tecido adiposo, o profissional da estética deve dominar o conhecimento aprofundado dos efeitos e ações da aparelhagem que estará utilizando. Os equipamentos são geradores de energia e pode interferir no funcionamento e na morfologia do tecido adiposo promovendo desde a lipólise que é um processo fisiológico ou favorecendo a lesão da membrana adipocitária desencadeando a emulsificação da gordura no interstício. Esses dois processos devem ocorrer com muita cautela, pois liberam gordura na circulação que poderão alterar os níveis lipídicos. Uma terceira possível ação é a conhecida apoptose do adipócito, promovida pela criolipólise. Essa parece ser a mais segura, pois não há liberação de lipídeos na circulação.
A literatura, especialmente estrangeira tem comprovado os resultados positivos da criolipólise, mas também tem alertado que seu uso indevido pode gerar lesões de difícil correção estética. Aparelhos confiáveis e mãos experientes garantem o sucesso da terapia.

O manejo correto dos equipamentos, atendendo as normas de segurança além da observância das condições clínicas e teciduais do paciente garante resultados satisfatórios e seguros.
Fonte: Prof. Dr. Jones Agne, especialista em Eletroterapia

 



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