Dermatologista ensina como tratar corretamente a acne

shutterstock_139958185Conviver com cravos e espinhas não é tarefa fácil. Quem sofre com essa doença tenta de diversas maneiras se livrar das inflamações e marcas que ela causa na pele, sem contar os problemas de autoestima. Para esclarecer as dúvidas sobre a acne e explicar suas formas de tratamento, o dermatologista Dr. Rodrigo Motta, do Hospital e Maternidade São Cristóvão,  ensina qual a melhor forma de lidar com cada grau da doença.
Segundo o médico, aproximadamente 80% dos adolescentes e adultos jovens entre 11 e 30 anos vão apresentar acne em algum grau. Mesmo que, em alguns casos, o problema se resolva de forma espontânea o tratamento da doença deve ser feito com acompanhamento médico. “A acne possui cinco graus diferentes de acometimento.

O primeiro grau apresenta apenas cravos, sem lesões inflamatórias como espinhas e cistos; a partir do segundo grau começam a surgir na pele além dos cravos, pontos amarelos de pus”, diz o Dermatologista.

De acordo com Dr. Rodrigo, as receitas caseiras não costumam ser eficazes no tratamento da acne além do paciente correr o risco de piorar o quadro, “Nesses casos o tratamento é realizado com medicações de uso tópicos, como, por exemplo, produtos contendo peróxido de benzoíla, ácido retinóico e seus derivados, antibióticos e ácido salicílico, bem como loções adstringentes, sabonetes específicos e esfoliantes, além do protetor solar ideal para cada tipo de pele”, ressalta.

“No terceiro grau as lesões de acne são mais profundas e dolorosas, avermelhadas e bem inflamadas” comenta o dermatologista. “Quando o paciente apresenta o grau quatro, as lesões se comunicam entre si causando inflamação mais grave e aspecto desfigurante. Este tipo de acne também é conhecido como acne conglobata”, lembra o Dr. Rodrigo Motta. Já o quinto grau da doença é mais raro e atinge com maior frequência os homens “nesses casos é comum o surgimento súbito da acne com lesões graves, como cistos dolorosos que ulceram deixando grandes cicatrizes, acompanhado de sintomas gerais, como febre, mal estar e dor no corpo”, explica o profissional do Hospital e Maternidade São Cristóvão.
Em casos mais graves, normalmente a partir do terceiro grau da doença o tratamento é mais intensivo, “Utilizamos a partir desse grau da doença antibióticos orais (tetraciclina, limeciclina e doxiciclina) e caso necessário podemos instituir o uso da isotretinoína oral (Roacutan), porém devido ao seu potencial teratogênico que é capacidade de causar má formação e anomalias fetais e das várias reações adversas possíveis, esse tratamento fica restrito para os casos mais graves e refratários a outras terapêuticas, desde que o paciente não tenha contraindicação para o seu uso”, explica Dr. Rodrigo.
O profissional ainda esclarece que há risco de a acne retornar após o tratamento, porém isso depende de fatores como, “a produção excessiva de sebo, produção de andrógenos pelo corpo, alteração na descamação do epitélio do ducto da glândula sebácea, proliferação de uma bactéria que causa as lesões de acne (Propionibacterium acnes), respostas inflamatórias e imunológicas do indivíduo, uso de alguns medicamentos e a ingestão de alguns tipos de alimentos”, comenta Dr. Rodrigo Motta.
“A ajuda médica sempre deve ser procurada, pois todas as formas de acne podem ser controladas, independentemente do grau de acne e da idade do paciente, pois no início é sempre mais fácil de controlar, evitando sequelas na pele. Nos casos em que a acne se manifesta de forma intensa, pode prejudicar a qualidade de vida e a autoestima do paciente”, conclui o médico.



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