Apesar do gosto do homem brasileiro influenciar bastante na opção das mulheres por cortes de cabelo, cada vez mais o corte pixie (o famoso Joãozinho) está conquistando as brasileiras. O corte traz um ar de frescor e fashionismo ímpares. A proposta é para mulheres com muita personalidade e atitude. O corte tem agradado atrizes e se tornado referencia e tendência fora do País.
1) Toda mulher fica bem de cabelo curto?
Para fazer o corte a mulher, antes de tudo, precisa ter atitude. A mulher muitas vezes se acha um pouco acima do peso, tem a testa ou o nariz grande, mas tudo é ponderável e pode ser trabalhado enquanto se corta. De qualquer forma acredito que o curto é ótimo e super indicado para qualquer estilo, sim.
2) Quais os critérios básicos que o cabeleireiro deve levar em conta na hora de propor um curtinho?
Primeiro é o feeling! Quando uma mulher entra no salão eu, automaticamente, já imagino, no mínimo, duas alternativas de corte de cabelo que ficariam bons nela. É como um “jogo de sedução”, eu converso com ela até que haja confiança e ela consiga se arriscar.
É claro que analiso o tipo de cabelo, volume, textura, entre outras coisas. Com isso, é possível criar a forma de pixie ideal e que agrade a mulher.
3) Qual o segredo para não errar a mão na hora de realizar o corte?
Quando vou fazer um corte eu já o imagino pronto na minha cabeça antes de executá-lo. É certo que se eu sugerir a mudança preciso ter certeza de que vai ficar bom. E o segredo é conversar o tempo todo com a cliente para transmitir confiança e fazer com que ela não fique insegura.
4) Existe alguma regra em relação a cabelos crespos e lisos?
Particularmente desenvolvi uma técnica para cortar cabelos cacheados e crespos que confere leveza às mechas. Tiro primeiro o volume e, com isso, acabo já eliminando um pouco da preocupação que a mulher possa sentir. Com os cabelos lisos é preciso ser mais detalhista porque o corte acaba aparecendo mais. Nesse caso, você necessita seguir à risca as técnicas como uma divisão perfeita do cabelo, assim como a divisão das mechas, entre outros detalhes. É tudo milimétricamente pensado quando falamos de um cabelo mais liso. Um corte bem feito tem bastante disponibilidade.
5) E se a cliente não gostar do resultado, qual é a melhor saída?
Essa possibilidade é quase remota. Isso porque eu já prevejo o resultado e durante o corte vou passando segurança para ela. Depois de pronto mostro as possibilidades do corte e sua versatilidade. Mostro como fica com os fios direcionados para cima, para baixo, mais despojado e mais sério. Dou dicas do que ela não deve fazer para não “matar” o corte e isso tudo elimina as possibilidades de não curtir o resultado.
6) Você aconselha mudar o corte e a cor em uma só sessão?
Desde que a cliente se mostre segura, vale sim a pena. Se eu sentir insegurança recomendo não fazer as duas transformações no mesmo dia. Por exemplo, para quem tem o cabelo comprido, sugiro o curto e insisto, converso e vou criando na pessoa a curiosidade pelo corte. Em princípio brinco, mas corto só um pouco para não chocar. A ideia é que, com esse bate papo, ela fique “empolgada” e depois retorne para fazer o corte mais curto.
7) Qual a tendência de curto para a temporada? Repicado, fio reto ou bob?
O long bob está em alta e deve continuar sendo tendência para o inverno.
8) Qual o seu corte curto favorito?
Gosto de cortes que eu possa criar, “pirar” um pouco. É ótimo quando as clientes não têm medo de ousar e posso investir numa certa irregularidade. Gosto, por exemplo, do corte da atriz Andreia Horta (a “Maria Clara” da novela Império), aquele da primeira fase, mais desconstruído.