Consumo moderado de vinho também traz ganhos à saúde
Os benefícios se estendem também para o vinho. O cardiologista Jairo Monson, estudioso dos assuntos relacionados a vinho e saúde, afirma que o consumo moderado da bebida, especialmente as variedades tintas, fazem bem ao sistema cardiovascular, previnem câncer, inibe em até 80% o crescimento do HIV, além de ser a bebida mais favorável para os obesos e diabéticos. “Instituições que são muito severas nos seus critérios científicos, como o FDA [Food and Drug Administration], AHA [American Hart Association], SBH [Sociedade Brasileira de Hipertensão Arterial] e NSA [National Stroke Association] reconhecem que as pessoas que não têm contra-indicação, a ingestão de bebidas alcoólicas, e que bebem vinho com moderação, regularmente e durante as refeições, têm benefícios para a saúde”, destacou Monson, autor do livro Vinho é Saúde! – 50 Respostas Para Entender Por Que a Bebida de Baco Pode Fazer Bem.
Outro estudo, coordenado pela Dra. Regina Vanderlinde, pesquisadora do Laboratório de Referência Enológica (Laren) e professora da Universidade de Caxias do Sul (UCS), concluiu que, em relação às variedades, os vinhos Merlot apresentaram maiores concentrações de resveratrol. O teor máximo entre todas as amostras analisadas foi encontrado em um Merlot brasileiro (15,9 mg.L-1). O maior teor médio de resveratrol também foi encontrado nos Merlot brasileiros (8,73 mg.L-1), diferenciando-se dos teores médios dos vinhos dos outros países que não apresentaram diferença estatística entre si: argentinos (1,71 mg.L-1), chilenos (2,64 mg.L-1) e uruguaios (4,93 mg.L-1).
“Os teores médios de resveratrol encontrados nos vinhos brasileiros são superiores aos encontrados em outros países sul-americanos. A variedade Merlot apresentou valor médio mais elevado das estudadas. Os teores de resveratrol nos vinhos brasileiros pressupõe propriedades benéficas à saúde mais elevadas que os vinhos de outros países”, resume Regina.
O resveratrol é um polifenol presente na fruta e que faz bem ao organismo. Sua concentração nas uvas e vinhos varia de acordo com a variedade, origem geográfica, ação de patógenos e processos de fermentação. Encontra-se nos grãos, raízes, sementes e, principalmente, nas cascas.