Artigo especial: Ginástica modeladora isométrica

A Ginástica Modeladora Isométrica está baseada no método Kabat. Ela é utlizada para combater com eficácia a flacidez muscular. A técnica foi originalmente criada na terapia de reabilitação de sequelas de patologias neurológicas e, ainda, nas áreas de reumatologia, traumatologia etc.

O Klgo. Hugo L. Turovelzky foi o pioneiro na aplicação do método Kabat adaptado à Estética Corporal com o objetivo de conseguir uma hipertonia fisiológica em músculos sem afecções patológicas, porém com flacidez, tendo apresentado essa tese pela primeira vez em 1978.

A técnica da FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA foi criada em 1943 pelo Dr. Herman Kabat fisiologia e neuropsiquiatria, e difundida por suas discípulas Maggie Knott e Dorothy Voss.

O sistema o método Kabat, conhecido com Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva, constitui um meio terapêutico de reeducação neuromotriz que, utilizando as vias proprioceptivas e centrais, tem como objetivo recuperar a atividade muscular diminuída.

Crédito: Shutterstock

Nas Técnicas de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva, conseguiu-se simplificar, utilizando a Potência Externa (um dos fatores de Von Bayer), através do emprego da Resistência Máxima, da estimulação do Reflexo miotático, contrações isotônicas e isométricas, Comandos verbais e estímulos visuais. Embora esses fenómenos sejam intrínsecos ao indivíduo, o profissional os emprega à vontade nesta técnica.

As atividades de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva incluem os seguintes conceitos:

FACILITAÇÃO
A este respeito, Kabat diz: “Uma resposta máxima em um movimento voluntário só pode ser obtida através de uma forte facilitação e a soma de excitação dos mecanismos motores cerebrais com poupança de trabalho e esforço. Facilitação é, antão, a aceleração de um processo biológico que se consegue pela estimulação adequada. ”

PROPRIOCEPTIVA
Essa facilitação é atingida pela estimulação conveniente dos elementos proprioceptores, que são os fusos neuromusculares de Khüne e os órgãos tendinosos de Golgi-Mazzoni.

NEUROMUSCULAR
Refere-se ao conceito de que atuamos sobre o setor da unidade senso-psicomotora.

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O MÉTODO DE FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA APLICADO À ESTÉTICA CORPORAL RECEBE O NOME DE

GINÁSTICA MODELADORA ISOMÉTRICA

Este tipo de ginástica apresenta várias vantagens para o profissional, porque dispensa espaços grandes ou ginásios e pode realizar-se perfeitamente na própria maca utilizada pelo profissional.

Outra vantagem é que 15 minutos diários são suficientes para que se obtenha, em pouco tempo, uma melhoria no trofismo e no tônus muscular, facilmente verificável. E, portanto, combate eficazmente a flacidez muscular.

Como regra geral, é preciso ter em conta que todos os exercícios devem respeitar o critério de lento-progressivo-gradual e cada um deles deve ser repetido três vezes, a cada vez, por dez segundos.

A seguir, relacionamos uma série de exercícios, deixando claro, porém, que não são os únicos, já que o profissional, que conheça bem as inserções musculares, as ações dos mesmos e a técnica Kabat, poderá aplicar o princípio em qualquer componente muscular.

TÉCNICA DAS DIFERENTES REGIÕES DO CORPO E SEUS GRUPOS MUSCULARES

  • Paciente em decúbito dorsal. O profissional coloca suas mãos debaixo do joelho (região poplítea) e dá a ordem: “Aperte minhas mãos com o joelho, levante o calcanhar e não deixe que minhas mãos saiam do lugar”. Nesse momento o profissional tenta retirar as mãos da posição. Este exercício isométrico é indicado para reforçar o músculo quadriceps, localizado na parte anterior da coxa. Como todos os exercícios, deverá ser repetido três vezes por dez segundos, em cada membro inferior por vez.
  • Paciente em decúbito dorsal. Profissional aos pés do paciente, levanta ambos membros inferiores ante uma angulação de 30 graus em relação à maca. Seguro os tornozelos pelo lado externo e indica: “Abra as pernas sem dobrar os joelhos, empurrando minhas mãos”. Exercício indicado para a parte externa da coxa (culotes) e os músculos que trabalham são o glúteo mediano, o glúteo menor e o tensor da fáscia lata.
  • Paciente em decúbito dorsal. Segurar os tornozelos pelo lado interno e pedir: “Fecha as pernas sem dobrar os joelhos”. O trabalho aqui é na parte interna da coxa reforçando os músculos adutores (maior, mediano e menor) e reto interno.

    **Nota: Nos casos de pacientes com lombalgias crônicas, os exercícios 2 e 3 deverão ser realizados com flexão de joelhos, como posição inicial.
  • Paciente em decúbito dorsal. O profissional pede que a paciente contraia as nádegas. Músculo: glúteo maior. Região: nádegas.
  • Paciente em decúbito dorsal com os braços apoiadas na cama e os antebraços flexionados de maneira que possa olhas suas próprias palmas. O profissional coloca suas mãos na parte posterior do pulso e pede: “Empurre minhas mãos”. Região: parte posterior do braço. Músculo: tríceps braquial.
  • Paciente em decúbito dorsal com os braços estendidos para cima e as mãos quase juntas. Atrás do paciente, o profissional coloca suas palmas na região dorsal do pulso e diz: “Separe suas mãos sem dobrar os cotovelos”. Mesmo músculo e região trabalhados no exercício 5.
  • Paciente em decúbito dorsal com os membros superiores flexionados para trás. Profissional coloca suas mãos no terço inferior do braço e pede ao paciente para levar os cotovelos até a maca, rente ao corpo. Região: parte posterior do tronco. Músculo: dorsal largo.
  • Paciente em decúbito ventral. Repetir os exercícios 2 e 3 com os mesmos movimentos.
  • Paciente em decúbito ventral, com os joelhos flexionados. Profissional coloca suas mãos na região aquiliana e pede: “Levante os calcanhares até as nádegas empurrando minhas mãos”. Região: parte posterior das coxas. Músculos: isquiotibiais.

**Recomendação: O profissional deve colocar sempre um travesseiro debaixo do abdome do paciente, quando em decúbito ventral, de forma a não acentuar uma eventual lordose, evitando assim outras complicações.

Paciente em decúbito ventral, com os joelhos flexionados. O profissional ordena que o paciente levante os joelhos da maca. Em etapas posteriores, o profissional coloca suas mãos no terço postero inferior das coxas aplicando uma resistência manual e pede: “Levante os joelhos empurrando minhas mãos”. Região: glútea. Músculo: glúteo maior

**Nota: Nos pacientes com hiperlordose acentuada ou lombalgias crónicas, o exercício deverá ser feito no canto da maca, com os membros inferiores flexionados e sendo levados até a posição horizontal.

  • Paciente em decúbito dorsal. O profissional coloca sua mão na coluna, no nível das apófises da espinha lombar, pedindo ao paciente que leve sua coluna contra a maca, apertando a mão do profissional, obtendo assim, uma contração isométrica dos músculos abdominais. Como este exercício é difícil, às vezes é necessário mais de uma sessão para dominá-lo. Não adianta, entretanto, realizar outros exercícios abdominais sem ter conseguido realizar este corretamente que é chamado de retroversão pélvica, pois caso contrário o músculo psoas ilíaco fará a suplência dos abdominais, o que deve ser evitado.
  • Paciente em decúbito dorsal. Executa primeiro a retroversão pélvica e, mantendo essa posição (o profissional sente sua mão sendo pressionada pela coluna lombar) o paciente eleva os membros inferiores estendidos, um de cada vez y logo os dois juntos. Músculo principal: grande reto do abdome.
  • Paciente em decúbito dorsal. Repetir o exercício anterior, porém com os membros inferiores estendidos em abdução. Músculos principais: grande reto do abdome e oblíquos maior e menor.
  • **Nota: Nos exercícios 12 e 13, o foco são os músculos abdominais inferiores. Só após a realização de, no mínimo, dez sessões, começa-se a trabalhar os abdominais superiores.
  • Paciente em decúbito dorsal com os membros superiores estendidos para a frente. Profissional segura o terço inferior das pernas e indica: “Levante a cabeça, agora separa da maca vértebra por vértebra, lentamente até sentar-se”. Deve-se evitar o tradicional puxão, que só tem como efeito principal o trabalho do músculo psoas ilíaco. Muito importante é o retorno à posição inicial (DD), que deve realizar-se exatamente de forma inversa e lenta, a fim de aproveitar a contração excêntrica dos abdominais.
  • Paciente em decúbito dorsal com as mãos cruzadas e apoiadas no peito. Realizar os mesmos movimentos do exercício anterior.

Paciente em decúbito dorsal com as mãos na nuca e os cotovelos esticados para trás. Nessa posição, repetir os mesmos movimentos.

  • Paciente em decúbito lateral bem alinhado. Profissional atua pelo lado posterior do paciente e coloca suas mãos no terço inferior externo da perna. A ordem é: “Levante a perna empurrando a minha mão”. Região: cintura.
  • Paciente em decúbito lateral bem alinhado. Repete-se o exercício anterior, acrescentando ao mesmo tempo a flexão lateral do troco, enquanto o profissional aplica uma resistência manual a esse movimento, no nível do ombro.

**Importante: Lembrar que cada paciente possui características específicas de maneira que nunca pode-se indicar uma única sequência de exercícios. A relação acima serve apenas como um guia. Cabe ao profissional responsável, a devida adequação às necessidades de cada organismo.



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