Recentemente, um relatório das Nações Unidas — por meio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) — fez algumas recomendações sobre a proibição de uso de microplásticos em cosméticos. Os Estados Unidos proibiram a utilização dessas micropartículas de plásticos em produtos cosméticos, como cremes e sabonetes esfoliantes, pastas de dente e esmaltes. Poucas pessoas imaginam, mas esse material, também chamado de polietileno, é extremamente nocivo ao meio ambiente, na medida em que polui águas marítimas.
E qual a relação do cosmético com o oceano? “O polietileno é uma partícula plástica, que não penetra na pele. Ao ser eliminada pelo ralo após utilização, devido ao seu tamanho, não consegue ser filtrada pelo sistema de tratamento de água e nem pode ser reciclada, gerando contaminação de oceanos, rios e lagos”, destaca Isabel Luiza Piatti, técnologa em estética e diretora de pesquisa e desenvolvimento de produtos na Buona Vita Cosméticos Científicos, que alinhada com o seu comprometimento, antecipou-se ao mercado e apresenta a substituição do polietileno em 100% de sua linha.
O grau do problema
Mas o relatório Plastic in Cosmetics – Are We Polluting the Environment Through our Personal Care? Plastic ingredients that contribute to marine microplastic litter contabiliza mais de 299 milhões de toneladas de plástico produzidas no mundo em 2013 e destaca que parte dessa produção poluiu os oceanos. Com essa contaminação, a diretora destaca que há consequências para os ecossistemas marinhos. “Essas partículas, além de não se dissolverem e se acumularem, também têm afinidade por poluentes químicos, gerando toxinas. Os animais marinhos ingerem erroneamente essas partículas porque se confundem com os resíduos de alimentos, e acabam se contaminando, prejudicando todo o seu metabolismo. E muitas vezes nós também podemos nos contaminar ao consumir um alimento de origem marinha”, argumenta.
Por que são usados e como substituir
De acordo com Isabel, essas partículas são usadas em dermocosméticos, porque exercem função esfoliante, reduzindo o excesso de células mortas e deixando a pele mais lisa e sedosa. O substituto utilizado pela Buona Vita são as microesferas vulcânicas, que já estão presentes no Body Peel, um dos lançamentos da marca em 2015. “A vantagem é que a matéria-prima substituta, além de exercer a mesma função esfoliante, tem certificação Eco Cert, pois se trata de uma matéria-prima mineral de origem 100% natural, não causando danos ao meio ambiente e aos animais marinhos”, explica.
A diretora da marca enfatiza que essa é uma troca consciente, que envolveu algumas pesquisas. “E o produto tem a mesma eficiência, contribui para a sustentabilidade e não prejudica o meio ambiente. Dessa forma, acredito que o custo benefício sem dúvida é vantajoso”, completa.
Proibição
O relatório sugere a proibição do uso em cosméticos. “Assim que surgiram os debates e questionamentos sobre a contaminação das águas, foi decidida a substituição imediata, mesmo antes do relatório das Nações Unidas e de termos uma oficialização de proibição”, esclarece Isabel.
Além dessa substância, a Buona Vita tem uma lista com tantas outras que aboliu de seus produtos. “Há muito tempo, a Buona Vita como sempre prezando pela sustentabilidade, se preocupando tanto com o meio ambiente quanto com a saúde de seus clientes, que são os profissionais de saúde estética, substitui uma das matérias-primas mais utilizadas em cosméticos, o óleo mineral. Além de ele ser um potencial alergênico, também é prejudicial ao Meio Ambiente, pois 1L de óleo mineral pode contaminar 1.000.000 de litros de água potável”, finaliza.
Serviço:
SAC 41 3023-1855
www.buonavita.com.br