Os ingredientes que estão revolucionando a indústria de skincare

Ácido hialurônico, vitamina C, retinol…É muito provável que pelo menos um desses ingredientes faça parte do seu arsenal de cuidados diários, já que estão presentes nas fórmulas de grande parte dos cosméticos disponíveis no mercado atualmente.
Em constante evolução, a indústria dermatológica apresenta novos ativos que vêm protagonizando lançamentos de skincare de marcas de nicho, como as norte-americanas Tatcha e Drunk Elephant, atuais febres das gôndolas de beleza lá fora.
É o caso dos ácidos AHA’s e BHA’s, do BAKUCHIOL – versão vegana do retinol –, dos novos super-hidratantes ESQUALANO e CERAMIDAS e da CISTEAMINA, a nova arma contra a melasma.
Em comum, todos são mais puros e vêm com a premissa de serem mais gentis com a pele. Alguns deles ainda são extraídos de fontes vegetais.
Boa notícia para as beauty junkies: labels nacionais já lançaram produtos à base desses componentes ou estão atualizando as receitas de seus cosméticos comas novidades. A seguir, um glossário para você se inteirar deste novo momento do skincare.

1. ALFA HIDROXIÁCIDOS
Conhecidos como AHA’s, são ácidos que caíram nas graças da indústria cosmética por sua função de esfoliação química. Eles têm o poder de retirar, gentilmente e de forma indetectável, as células mortas da primeira camada da pele. “Entre os mais usados está o ácido glicólico, que promove a renovação celular, estimula a produção de colágeno a longo prazo e, ao contrário dos demais ácidos, ajuda na hidratação”, explica a dermatologista Vivien Yamada, de SP. Pode ser usado o ano todo. Para testar já, vá de Espuma Facial de Ácido Glicólico, da brasileira Simple Organic.

2. BETA HIDROXIÁCIDOS
Enquanto os AHAs são esfoliantes superficiais, os BHAs são ácidos que agem nas camadas profundas da pele, desobstruindo poros e reduzindo a produção de oleosidade. O mais usado cosmeticamente é o ácido salicílico, que tem propriedades antibacterianas e anti-inflamatórias e é indicado para quem tem acne. “Em diferentes concentrações, os BHAs e os AHAs podem aparecer juntos em fórmulas esfoliantes de alta potência. É o caso do sérum AHA 30% + BHA 2% Peeling Solution, da canadense The Ordinary.

3. ESQUALANO
Um dos ativos com maior poder hidratante do mercado atual, o esqualano é uma molécula lipídica produzida naturalmente pelo nosso corpo até os 20 anos. Antes retirado do fígado dos tubarões, hoje é extraído de forma sustentável a partir da cana-de-açúcar e da azeitona. Ele auxilia na retenção de água da pele enquanto controla a produção de óleo. A norte-americana Biossance é referência na comercialização do composto – sua linha já está disponível no Brasil desde 2018. Vogue adora o 100% Squalane Oil, que pode ser usado no rosto, corpo e cabelo. Grupos como Chanel e L’Oréal também já apostam no ingrediente.

4. BAKUCHIOL
Conhecido como uma alternativa vegana e mais suave ao retinol, é um potente ativo extraído das sementes da planta Psoralea corylifolia e promete ser o melhor amigo da pele sensível, que sofre com os efeitos colaterais da versão tradicional. “O bakuchiol tem ação no estímulo de colágeno assim como o retinol, mas com menor potencial de irritação e sem fotossensibilidade”, explica o dermatologista Thales Bretas, do Rio de Janeiro. As marcas californianas Ole Henriksen e Herbivore substituíram o antigo retinol pelo irmão botânico – da última, fique com o sérum Bakuchiol Retinol Alternative.

5. CERAMIDA
Velhas conhecidas em fórmulas capilares, as ceramidas migram para o skincare, sendo agora base de cremes potentes em hidratação. “Elas compõem a camada lipídica e têm função protetora na barreira cutânea, impedindo a perda de água”, diz o dermatologista Thales Bretas. As ceramidas também são responsáveis por filtrar agentes externos como poluição e ar seco. Um dos best-sellers da coreana Dr.Jart+ utiliza o ingrediente em seu creme facial Ceramidin. Por aqui, a Cerave traz o ativo em todos os seus produtos de corpo e face.

6. CISTEAMINA
Recém-aprovado pela Anvisa, o ativo promete revolucionar o combate à melasma, condição crônica da pele caracterizada pelo aparecimento de manchas amarronzadas. “Assim como a hidroquinona, ingrediente mais conhecido para o tratamento do problema, a cisteamina age na epiderme, reduzindo a hiperpigmentação”, explica a dermatologista Vivien Yamada. O diferencial está na menor chance de efeitos colaterais como vermelhidão na pele e ressecamento. A Dermage foi pioneira por aqui e lançou recentemente o Gel Creme Clareador Clarité Cysteamin.



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