Redução das mamas é cada vez mais pedida no consultório

reduçãoMuitas mulheres procuram os consultórios de cirurgia plástica para diminuir as mamas, retirar as próteses ou, ainda, mudar para próteses menores. Não muito tempo atrás, a corrida era justamente para pedir o contrário.
Essa mudança de paradigma tem a ver com diversos fatores: a moda, a mídia ou algumas personalidades que ditam comportamento. O cirurgião plástico Dr. Edson Prata, membro da SBCP, explica que as mamas podem apresentar diversos tamanhos, e também diversos níveis de flacidez. Sem dúvida, mamas grandes e pesadas podem causar desconforto na coluna, ocasionando dores no pescoço, nas costas e até desvios na postura que, a longo prazo, levam a problemas mais sérios na coluna vertebral.
O peso da mama também pressiona a alça do sutiã, causando marcas, escoriações e dores nos ombros. Outro problema é o distúrbio psicossocial, que pode ser gerado pelo tamanho e/ou flacidez, restringindo o uso de vestimentas ou limitando o convívio social e afetivo. Isso pode acontecer tanto no caso de mamas muito grandes como muito pequenas.

Além do caráter reparador, é preciso levar em conta o fator estético individual, o desejo de ter mamas diferentes, maiores ou menores, de acordo com a preferência de cada pessoa.

Não há uma idade exata para o procedimento de uma cirurgia , mas é interessante esperar o desenvolvimento completo da mama. Menores de 18 anos podem ter a cirurgia indicada em casos de gigantomastia (mamas muito grandes), quando as queixas funcionais e psicossociais podem causar prejuízos no desenvolvimento da paciente.

Problemas variados
As mamas são compostas basicamente de pele, glândula e gordura. Geralmente, com a idade, elas sofrem influência dos hormônios e têm aumento de volume predominantemente glandular. A carga genética pode determinar um crescimento acima do normal, em pacientes oriundas de famílias com mamas grandes, e vice-versa.
Também existem fatores como o aumento do volume mamário no sobrepeso ou obesidade, devido ao aumento do componente gorduroso da mama.

Fatores comportamentais, como o não uso do sutiã, e variações constantes de peso (engordar e emagrecer) podem causar flacidez precoce na região.

Na maioria das vezes, a ação hormonal observada nas gestantes desencadeia aumento da porção glandular para lactação. Se houver um ganho de peso acima do recomendado, também existe um aumento da porção gordurosa da mama.

É importante lembrar que a cirurgia é contraindicada em períodos inferiores a seis meses após a interrupção da amamentação, devido a influência hormonal da gravidez, quando ainda existe a possibilidade de alteração de volume.

Exames são necessários para a cirurgia das mamas como os laboratoriais (sangue e urina), avaliação cardiológica, exames de imagem das mamas solicitados de acordo com a idade da paciente (ultrassom e/ou mamografia). A avaliação de um mastologista pode ser solicitada nos caso de alterações nos exames de imagem ou histórico significativo de câncer de mama familiar.

O tipo de anestesia depende da análise da equipe médica, podendo ser local, peridural ou geral. A cirurgia dura em média 3 horas e a internação é de 24 h. Esta cirurgia não é caracterizada por dor intensa, sendo o pós-operatório geralmente suave. Os cuidados incluem o uso do sutiã sem costura e pouca movimentação dos braços. Recomenda-se dormir em decúbito dorsal (barriga para cima). Também é importante a manutenção do peso, para evitar variações de volume no período de cicatrização.
No pós-cirúrgico trabalhos não relacionados a esforços físicos podem ser realizados em um período variável de 2 a 3 semanas. O uso do sutiã especial varia de 30 a 60 dias, em média . A exposição solar deve ser evitada por um período de 60 a 90 dias.



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