As rugas não só deixam o rosto mais envelhecido como seu excesso pode dificultar a expressão de emoções, deixando a face com aspecto mais triste e cansado. Há alguns anos, pesquisadores da Penn State University pediram a um grupo de participantes, em um estudo, para examinar 64 faces e classificá-las com base nas emoções que percebiam nas imagens. Em média, as fotos que mostram adultos mais velhos foram classificadas como mais zangadas ou tristes em comparação às fotos de pessoas mais jovens, apesar de cada rosto fotografado mostrar emoções neutras. “Vincos na boca e na testa podem fazer com que as pessoas pareçam estar franzindo a testa em uma expressão de que estão chateadas”, afirma o cirurgião plástico Dr. Mário Farinazzo, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Este não é o primeiro estudo a examinar a ligação entre rugas e percepção emocional. Um estudo anterior realizado por pesquisadores da Universidade Humboldt, em Berlim, descobriu que as pessoas mais jovens tinham dificuldade em julgar os rostos dos adultos mais velhos, e muitas vezes percebiam que tinham mais “emoções confusas” do que imagens semelhantes de pessoas mais jovens.
A dificuldade se configura com o excesso de rugas. Segundo a Dra. Claudia Marçal, independentemente da idade, seja aos 40, aos 50 ou 80, é possível ter rugas, mas é necessário ter uma pele tratada, bonita, viçosa, luminosa, hidratada, tonificada. “Até mesmo pacientes que pretendem fazer uma cirurgia plástica para diminuir as rugas necessitam de uma ajuda dermatológica para melhorar a qualidade dessa pele”, explica o Dr. Mário. “Por exemplo, mesmo uma paciente de 80 anos com sulcos, marcas, linhas ao redor da boca e entre as sobrancelhas, pode e precisa ter uma pele luminosa, com um quadro de tonicidade e uma pele que por si só seja reconhecida como uma bem cuidada”, diz a dermatologista.
De acordo com o cirurgião plástico, este estudo mostra que as pessoas que buscam procedimentos de cirurgia plástica, como ritidoplastia, facelifts ou injeções de toxina botulínica, não estão fazendo isso simplesmente por vaidade. “Existem problemas reais associados aos primeiros sinais de envelhecimento, de forma que o paciente pode apresentar falsamente a ideia de que está enfrentando tristeza e depressão, ou ainda parecer nervoso demais”, diz o Dr. Mário. “Felizmente, existem muitos tratamentos que podem ajudar a tratar rugas no rosto e pescoço. Embora os de lifting facial sejam os mais conhecidos e definitivos, outros podem optar pelos injetáveis para paralização muscular (toxina botulínica), preenchimento (ácido hialurônico) e estímulo de colágeno (bioestimuladores), que também trazem bons resultados”, afirma o cirurgião plástico. “O mais importante é consultar um médico para indicação precisa dos tratamentos que devem ser realizados, que muitas vezes podem ser feitos em conjunto entre dermatologistas e cirurgiões para o melhor resultado. Além disso, é muito importante que o resultado seja natural, pois um rosto paralisado também demonstra dificuldade de expressar sentimentos”, finaliza o cirurgião-plástico.