Ser vegano é um movimento que vem conquistando cada vez mais adeptos. Além da reeducação alimentar, o veganismo também é uma ideologia de vida: a não exploração dos animais. Sendo assim, produtos veganos não se restringem à alimentação, podendo até mesmo ser encontrados no ramo da beleza, já que muitas marcas fazem testes em bichos. Para acompanhar essa mudança de hábito, Fernanda Passos, expert da eduK, startup de cursos online para quem quer trabalhar por conta própria, preparou algumas dicas para a confecção de cosméticos veganos.
1. Substâncias:
Quem pretende se profissionalizar nesse ramo deve se atentar às substâncias que podem ou não ser utilizadas na elaboração dos cosméticos. Algumas composições comumente usadas nas indústrias podem ser nocivas para a pele e/ou para o meio ambiente. Lauril, Silicone, Petrolatos, Parabenos, Propilenoglicol, BHT e Triclosan são apenas algumas dessas substâncias. Por conta dos nomes complicados, é necessário se atentar ao rótulos e se forçar para enxergar as letras miúdas.
2. Os perigos dos óleos essenciais:
Há a crença milenar de que tudo que é natural é milagrosamente bom, porém nem sempre é possível contar com tanta bondade da mãe natureza, por isso é necessário cuidado ao se tratar de óleos essenciais. Esses óleos são substâncias retiradas das plantas e têm uma estrutura química intrincada. Alguns podem conter cerca de 300 moléculas químicas diferentes e, consequentemente, possuem propriedades muito amplas.
Os perigos envolvendo os óleos essenciais estão no despreparo do profissional na manipulação. Algumas substâncias podem desencadear convulsões em pessoas com epilepsia, por exemplo. Outros podem interagir com medicamentos, então é preciso atenção em quem faz uso de medicamento contínuo, assim como as grávidas, que podem ter contrações.
3. Recipiente para extratos vegetais:
Durante a produção, o recomendável é que seja feito em um pote de vidro escuro ou cor de âmbar. Esse detalhe é importante e faz a diferença nas propriedades do extrato. A incidência de luz interfere na mistura pode acabar inativando a mistura. Porém, pode ser complicado achar um recipiente com essas características que seja grande o bastante. A alternativa é ter um um vidro transparente normal e o encapar com contact , por exemplo, ou até mesmo papel alumínio.
4. Higiene:
Luvas de látex, touca e máscara descartável de TNT são acessórios importantes no momento da manipulação das substâncias. Sem esses utensílios, o profissional corre riscos de estragar a mistura das substâncias: ao falar, pode-se cair gotículas de saliva e o mesmo acontece com espirros. Além disso, é bom que o profissional se proteja para não ter irritações com o contato direto no manuseio de substâncias que exigem maior cuidado.